Serra nega ter reclamado com Haddad sobre piso dos professores

Petista disse que Serra reclamou da aprovação do piso nacional em 2008.
Candidato do PSDB diz que Haddad mentiu sobre o tema.

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, disse nesta quarta-feira (17) que o petista Fernando Haddad mentiu ao afirmar que ele telefonou para o então ministro da Educação para reclamar da lei do piso nacional do magistério, que foi aprovada pelo Congresso em 2008.

"É mentira dele. Aliás, o Haddad propôs o piso nacional do magistério para a cidade de São Paulo porque ele ignora que o piso na cidade de São Paulo é muito mais alto do que o piso nacional", disse Serra.

Nesta tarde, em encontro com sindicalistas, Haddad rebateu as críticas que vem sofrendo da campanha do PSDB por sua gestão no Ministério da Educação e questionou o tratamento dado por Serra aos professores.

"Nos bastidores ele lutou muito contra a aprovação do piso nacional do magistério, chegou a me ligar reclamando da lei que foi aprovada no Congresso Nacional”, disse Haddad.

Propostas
Nesta tarde, Serra visitou área reurbanizada em Heliópolis, na zona sul de São Paulo. Na região, ele prometeu construir mais quatro mil apartamentos para moradia popular. "Heliópolis, que era a maior favela de São Paulo, já foram feitos 1.700 apartamentos. No ano que vem dá para fazer mais 500 e até o final da gestão da Prefeitura, mais 1,7 mil. No total, chegaremos a 4 mil apartamentos. Mas não é só apartamento. O importante é que aqui tem escola técnica, escola infantil", afirmou.

O tucano defendeu parcerias com o governo federal e estadual. "A parceria muito importante é com o governo do estado. São Paulo é uma cidade de peso que nenhum governo federal ou estadual pode virar as costas", disse.

Ele rebateu as críticas do ex-presidente Luiz Inácio da Lula durante programa eleitoral, que afirmou que os tucanos mentem sobre Fernando Haddad. "O Lula é especialista em fazer isso, ataques pessoais. Não tem ninguém que faz isso mais do que ele", afirmou o tucano.

Serra foi questionado sobre o motivo de a proposta de urbanização de 200 favelas não constarem no programa de governo. "Questão de precisão. Nem tudo que está no programa de governo é tudo que eu propus. Porque foi uma redação e não tem detalhes no caso", afirmou.

Ele comentou o apoio declarado por Plinio Arruda Sampaio, do PSOL, à sua candidatura. "É uma posição do Plínio. Eu não tenho muito a comentar, exceto que eu concordo com ela", disse.

O tucano evitou responder uma pergunta sobre casos de violência contra gays na Avenida Paulista. "Vamos adiante. Não vou entrar neste tema agora. senão vira pauta permanente posta pela imprensa. Os adversários dizem que fui eu que botei na pauta", afirmou.

Fonte: www.g1.com