Trabalhos para estabilizar a planta, afetada por tremor e tsunami, continuam.
Situação é imprevisível e não permite otimismo, disse premiê do Japão.
As Forças de Autodefesa do Japão (Exército) divulgaram nesta sexta-feira (25) imagens aéreas tomadas dois dias antes dos reatores 1 e 3 da usina nuclear de Fukushima Daiichi, em que técnicos ainda trabalham para tentar evitar um acidente nuclear de grandes proporções.
As imagens mostram o edifício parcialmente destruído do reator 1, e uma fumaça negra erguendo-se do reator 3 -o que provocou a interrupção dos trabalhos de resfriamento do material nuclear.
O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, admitiu nesta sexta-feira (25) que a situação na central nuclear , bastante afetada pelo terremoto seguido de tsunami do dia 11, continua sendo "muito imprevisível" e que "não permite otimismo".
"A situação atual continua sendo muito imprevisível. Estamos atuando para impedir que a situação piore.
Precisamos continuar extremamente vigilantes", disse Kan em uma entrevista coletiva.
"Trabalhadores da Tepco, membros das Forças de Defesa Civil, da polícia e dos bombeiros de Tóquio e Osaka, além de outras áreas, estão arriscando suas vidas na batalha para controlar a situação em Fukushima", indicou o primeiro-ministro.
Segundo a empresa Tokyo Electric Power (Tepco), o vaso do reator 3 da central nuclear de Fukushima, que contém as barras de combustível, pode estar danificado.
Quatro reatores da central nuclear de Fukushima Daiichi (N° 1), situada 250 km ao nordeste de Tóquio, sofreram graves acidentes em consequência de uma avaria do sistema de resfriamento provocada pelo terremoto e tsunami.
Por outro lado, o número confirmado de mortos na catástrofe japonesa superou os 10.000, passadas duas semanas do terremoto, informou a polícia japonesa.
Segundo o balanço publicado nesta sexta-feira, 10.035 mortes foram confirmados e 17.443 pessoas ainda estão desaparecidas. A quantidade de feridos é de 2.775.
A Agência Japonesa de Segurança Nuclear anunciou que não descarta a possibilidade de aumentar o nível de gravidade do acidente de Fukushima, atualmente 5 em uma escala de 0 a 7.
As operações para reativar os sistemas de resfriamento foram suspensas parcialmente após a contaminação radioativa, anunciada na quinta-feira, de três funcionários que trabalhavam em um edifício onde fica a turbina, diferente do edifício do reator 3, acrescentou o porta-voz da Tepco.
A Agência Japonesa de Segurança Nuclear criticou a Tepco por não ter adotado todas as medidas necessárias para proteger seus técnicos, que trabalham noite e dia ao lado de centenas de bombeiros e soldados para evitar uma catástrofe nuclear.
Vazamentos radioativos continuam nos quatro reatores mais afetados, provocando temores de uma contaminação da cadeia alimentar e da água na região de Tóquio - onde vivem 35 milhões de pessoas - e até no exterior.
A venda de alguns legumes e verduras, além do leite, foi proibida em pelo menos quatro províncias situadas perto da central de Fukushima, enquanto o consumo da água das torneiras foi desaconselhada para crianças pequenas em mais de dez localidades.
O Ministério da Saúde também reforçou o controle sobre peixes e mariscos pescados nos arredores da usina.
Estados Unidos, Austrália, Canadá, Rússia, China e Coreia do Sul, assim como vários países da Ásia e os 27 da União Europeia, decretaram controles sobre os produtos frescos provenientes do nordeste do Japão, que praticamente já não têm mais saída para o exterior.
Como um sinal do nervosismo reinante, dois japoneses foram hospitalizados na quarta-feira ao desembarcarem na China, vindos de Tóquio em um voo comercial, porque apresentavam "um grave" índice de radioatividade, anunciou nesta sexta-feira a administração chinesa de segurança e quarentena.
Fontede pesquisa: www.G1.com
0 comentários:
Postar um comentário