Diplomacia saudou medidas coerentes com 'liberdade de circulação'.
Reforma migratória cubana entra em vigor em janeiro.
Departamento de Estado dos EUA celebrou nesta terça-feira (16) a flexibilização da política migratória deCuba.
"Isso é consistente com a Declaração Universal de Direitos Humanos, que estabelece que todos devem ter o direito de sair de qualquer país, inclusivo do próprio, ou regressar ao seu próprio país, a entrar e sair", disse a porta-voz da diplomacia americana. Victoria Nuland.
"Nós saudamos toda reforma que permita os cubanos a deixar seu país e voltar livremente", disse.
A reforma entra em vigor em janeiro e pode aumentar o número de cubanos que migram para os EUA.
A porta-voz advertiu que Washington espera mais esclarecimentos por parte de Havana sobre como procederá com as solicitações de saída.
"Pelo que entendemos, aqueles que têm atualmente um passaporte cubano e que já não tenham uma permissão para deixar a ilha vão ter que revalidar seus passaportes antes que sejam permitidos de viajar", detalhou Nuland.
"Temos que ressaltar que o governo cubano não retirou as medidas atualmente em vigor para preservar o que classifica de 'capital humano' criado pela Revolução", acrescentou a porta-voz.
Cuba sempre se reservou o direito de impedir a saída da ilha daqueles cidadãos considerados "de importância nacional".
De qualquer forma, "não creio que isso mude em nada as leis em vigor" nos Estados Unidos, disse a porta-voz americana.
Washington mantém desde 1966 a chamada Lei de Ajuste, que estabelece que qualquer cubano que pisar em território americano automaticamente pode pedir asilo.
Ao mesmo tempo, ambos os países mantêm acordos migratórios teoricamente para impedir operações de saída maciça da ilha.
"Sempre pedimos que as famílias cubanas utilizem a reunião familiar legal e outros mecanismos de imigração que já estão em vigor", disse Nuland.
Fonte: www.g1.com
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