É normal que um segundo capítulo provoque menos repercussão e tenha menos sucesso do que um original, já que Os Mercenários era basicamente um truque para ganhar dinheiro ressuscitando os atores de ação dos anos 80 cuja carreira parecia encerrada basicamente por uma razão: eles ficaram velhos e quase sempre viraram uma caricatura.
Talvez porque era o primeiro filme de retorno, o público os recebeu com certo afeto (como se fossem velhos colegas de escola que beberam demais ou se desencaminharam) e por que esta continuação foi organizada às pressas (Stallone que dirigiu a primeira apenas coescreveu o roteiro aqui, além de naturalmente voltar a fazer o papel principal), diante do sucesso do original (agora já esta sendo preparado mais um capítulo, sem o elemento surpresa). Mas não há muitos outros coelhos para serem tirados da cartola e os que parecem ser os dois últimos fazerem aparições aqui: Chuck Norris, que parecia ser sempre tão afável agora conta piadinhas sobre ele mesmo (a da cobra) e empunha uma metralhadora com ferocidade inesperada. E o outro é Jean Claude Van Damme, que faz o vilão (creditado assim como Vilão) e posa mais que representa, perdendo uma chance importante (de todos foi ele, que teve a carreira mais conturbada e o que menos convence aqui).
Não vou gastar tempo aqui comentando o horror que me causou a figura do ex-governador Schwarzenegger (que parece um clown) ou Bruce Willis, como sempre fazendo biquinho. Este ao menos tem o papel mais cômodo, que seria o tal de Church, da CIA, que é quem contrata os mercenários para mais uma missão (o filme abre com dez minutos de ação, com locações basicamente na Bulgária e arredores), dando especial atenção ao mais jovem da turma que é o grandão australiano Liam Hemsworth (o irmão de Thor, aqui como um certo Bill The Kid). Ele acaba sendo morto por Van Damme, no que irá provocar o resto do filme, a vingança contra os que estão recolhendo em minas abandonadas bombas de plutônio enquanto uma chinesa que parece ser famosa, Nan Yu (que me parece especialmente sem graça), quer nos convencer como interesse romântico para Stallone (seria uma covardia comentar sua aparência desagradável e como conseguiram reduzir Statham a coadjuvante de terceira categoria).
Pior que o primeiro? Óbvio. A ponto de fazer temer por um terceiro. Os heróis ficaram cansados e merecem aposentadoria.
Fonte: www.r7.com
0 comentários:
Postar um comentário