quarta-feira, 16 de março de 2011

Helicópteros militares lançam água para tentar resfriar reator no Japão

Situação na usina de Fukushima Daiichi é 'muito séria', segundo a ONU.
Tremor e tsunami causaram mortes, destruição e crise humanitária no país.

 

Helicópteros militares do Japão lançaram água na manhã desta quinta-feira (17), noite de quarta no Brasil, sobre a usina nuclear de Fukushima Daiichi, na tentativa de resfriar o superaquecido reatores 3 e evitar um desastre de grandes proporções com vazamento de material radioativo.
Inicialmente, as autoridades haviam dito que apenas um canhão de água seria usado na operação. O canhão ainda iria ser usado, para tentar resfriar o reator 4.
Além disso, a Tokyo Electric Power Co. (TEPCO), operadora da usina, que esperava que uma nova linha de transmissão de energia pudesse ser ligada ainda nesta quinta para religar o sistema de refrigeração da usina, o que em tese poderia normalizar a situação na usina.


A usina foi bastante danificada pelo terremoto de magnitude 9 seguido de tsunami, que atingiu a costa noroeste do país no dia 11, provocando mortes, devastando regiões da costa e causando uma crise energética, econômica e humanitária no arquipélago.
A preocupação internacional sobre a situação da usina cresceu ao longo desta quarta. Os novos acontecimentos na usina, bastante afetada pelo terremoto de magnitude 9 seguido de tsunami na costa japonesa no dia 11, são "muito sérios", disse o chefe da agência nuclear da ONU, Yukiya Amano.
O objetivo imediato das autoridades japonesas é resfriar o combustível dos reatores, para evitar um superaquecimento que provoque a emissão de material radioativo danoso à saúde humana.

                                                     Níveis de radiação muito altos

  A piscina de armazenamento de combustível usado no reator 4 da usina não tem mais água, o que gera níveis de radiação "extremamente altos", disse o chefe da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA nesta quarta. Um porta-voz do governo negou.

Na manhã desta quinta, os níveis de radiação estavam mais baixos, segundo a TEPCO.
O chefe da AIEA, Yukiya Amano, disse que vai visitar o país nesta quinta para obter mais dados sobre a situação. "Quero ver como podemos ajudar melhor o Japão", disse em Viena, na Áustria.
Ele afirmou que foram confirmados danos no núcleo de três reatores da usina. Mas disse que ainda é cedo para dizer que a situação está "fora de controle".
Com medo do que possa ocorrer, países recomendavam que seus cidadãos evitem viagens para as regiões afetadas. Outros recomendavam que seus cidadãos deixassem Tóquio e a região. A usina afetada fica a 240 quilômetros ao norte de Tóquio.
Em meio à retirada de estrangeiros, equipes continuavam procurando vítimas do tremor e do tsunami nas regiões costeiras afetadas.
O número oficial de mortos passa de 4.300, mas a expectativa é de que ele cresça.
Cerca de 450 mil pessoas estão desabrigadas, em abrigos provisórios, e enfrentando frio e falta de comida.


















































































 Fonte de pesquisa:www.G1.com

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