Universitário diz ao G1 que só descobriu que vítimas eram gays pela TV.
Um dos gays que apanhou fará reconhecimento dos agressores por foto.
“Não sou homofóbico, tenho amigos homossexuais”, disse nesta segunda-feira (10) um dos dois suspeitos de agredir um casal homossexual na madrugada de sábado (1º), na região da Avenida Paulista, em São Paulo, após saírem de uma casa noturna onde haviam discutido. O estudante de 25 anos, investigado pela Polícia Civil pelo envolvimento no suposto ataque homofóbico aos gays, aceitou falar com o G1 sob a condição de que seu nome não fosse divulgado.
Segundo a polícia, a briga entre os estudantes e o casal gay ocorreu na madrugada do dia 1º, na esquina das ruas Bela Cintra e Fernando de Albuquerque após todos os envolvidos deixarem o Sonique Bar. Antes, os suspeitos tentaram paquerar duas amigas do casal gay, mas não foram correspondidos. Ao deixarem o local, as vítimas teriam dito que foram ofendidas pelos estudantes por palavras homofóbicas.
“Tenho sim [amigos gays], tenho na minha faculdade e próximo a minha casa. Sempre frequentei baladas GLS [Gays, Lésbicas e Simpatizantes]”, afirmou o universitário nesta manhã, refutando as acusações de que ele e o amigo, um universitário de 26 anos, são homofóbicos e que tenham batido nas vítimas porque eles são gays.
Na sexta-feira (4), o jovem de 25 anos já havia prestado depoimento à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que investiga se o crime de lesão corporal foi motivado por homofobia, como haviam relatado o analista fiscal Marcos Paulo Villa, de 32 anos, e seu namorado, um coordenador financeiro de 30 anos, que não quis dar o nome.
Villa teve escoriações na nuca. O coordenador quebrou a perna direita na confusão e está internado num hospital com traumatismo craniano. O analista deverá ir nesta tarde à Decradi fazer o reconhecimento de seus agressores por meio de fotografias. A previsão de alta médica para seu namorado é entre terça-feira (11) e quarta (12).
Na sexta-feira (4), o jovem de 25 anos já havia prestado depoimento à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que investiga se o crime de lesão corporal foi motivado por homofobia, como haviam relatado o analista fiscal Marcos Paulo Villa, de 32 anos, e seu namorado, um coordenador financeiro de 30 anos, que não quis dar o nome.
Villa teve escoriações na nuca. O coordenador quebrou a perna direita na confusão e está internado num hospital com traumatismo craniano. O analista deverá ir nesta tarde à Decradi fazer o reconhecimento de seus agressores por meio de fotografias. A previsão de alta médica para seu namorado é entre terça-feira (11) e quarta (12).
Os investigadores ainda procuram o outro universitário, de 26 anos, suspeito de participar da briga com os gays e apontado pelas vítimas como o responsável por ter quebrado a perna do coordenador. A polícia localizou os suspeitos a partir dos nomes da lista de clientes que estavam no Sonique Bar.
“Acho que ele vai esperar a intimação da polícia para se apresentar”, disse o estudante de 25 anos ao ser questionado sobre o paradeiro de seu amigo. O G1 não conseguiu localizar o outro suspeito para falar do assunto.
O estudante suspeito também negou que seu colega tenha quebrado a perna de um dos gays. “No meio da briga ele caiu e acabou acontecendo [de quebrar a perna sozinho numa valeta]”, disse o jovem. “Foi isso o que aconteceu. Teve toda essa discussão e infelizmente o rapaz acabou quebrando a perna, que foi uma fatalidade, né, meu? Eu não queria fazer nada disso, não queria machucar ninguém. Só que acabou acontecendo a briga e foi o que aconteceu, cara.”
“Acho que ele vai esperar a intimação da polícia para se apresentar”, disse o estudante de 25 anos ao ser questionado sobre o paradeiro de seu amigo. O G1 não conseguiu localizar o outro suspeito para falar do assunto.
O estudante suspeito também negou que seu colega tenha quebrado a perna de um dos gays. “No meio da briga ele caiu e acabou acontecendo [de quebrar a perna sozinho numa valeta]”, disse o jovem. “Foi isso o que aconteceu. Teve toda essa discussão e infelizmente o rapaz acabou quebrando a perna, que foi uma fatalidade, né, meu? Eu não queria fazer nada disso, não queria machucar ninguém. Só que acabou acontecendo a briga e foi o que aconteceu, cara.”
“Fui saber depois que eles eram homossexuais. Soube pela televisão. Quando eu estava lá dentro [do Sonique Bar] e conversei lá dentro com ela, e aí saí, continuei bebendo, conversei com outras pessoas, conhecendo outras pessoas. E posteriormente eu fui conversar com ela de novo. Foi quando ele [o coordenador] veio, né? E aí começou a beijar ela na minha frente. Aí, por conta disso eu não sabia, né? Que ela estava acompanhada. Ai eu me virei e fui embora, né? Achando que eles fossem namorados. Fiquei na minha, me virei e fui embora. Fiquei lá [dentro do bar] curtindo. E depois disso, nós fomos embora e quando eu saí, já estavam discutindo. O meu amigo estava discutindo com eles. Nós fomos embora novamente e foi tudo isso o que aconteceu”, relatou o estudante de 25 anos, que afirmou também ter apanhado dos gays.
Segundo o jovem, ele frequentava o Sonique porque seu irmão trabalhava lá como barman. “Meu irmão foi mandado embora do emprego dele por conta disso, né? Ele trabalhava lá, no bar da ocasião. E por ele trabalhar lá eu sempre frequentei. É um bar democrático. Tipo, tem dia que são gays, tem dia que são gays voltados mais para as mulheres.”
O G1 não conseguiu localizar os proprietários do Sonique para comentar o assunto.
Na sexta, o advogado do estudante, Severino Ferreira, havia dito que a briga entre seu cliente e os gays não teve cunho homofóbico. “Meu cliente e o colega dele nem sabiam que os dois homens que quiseram brigar com eles eram gays. Só souberam pela televisão. Meu cliente tem amigos gays, portanto a tese de que a briga foi motivada por homofobia é descabida. Meu cliente tem amigos gays, trabalha e estuda e nunca passou pela polícia antes”, disse o advogado Ferreira.
Os agressores estavam com roupas e tatuagens de surfistas. A investigação descartou a ação de grupos organizados de intolerância contra gays, como skinheads e neonazistas. Também não será pedida a prisão dos envolvidos à Justiça.
Segundo o jovem, ele frequentava o Sonique porque seu irmão trabalhava lá como barman. “Meu irmão foi mandado embora do emprego dele por conta disso, né? Ele trabalhava lá, no bar da ocasião. E por ele trabalhar lá eu sempre frequentei. É um bar democrático. Tipo, tem dia que são gays, tem dia que são gays voltados mais para as mulheres.”
O G1 não conseguiu localizar os proprietários do Sonique para comentar o assunto.
Na sexta, o advogado do estudante, Severino Ferreira, havia dito que a briga entre seu cliente e os gays não teve cunho homofóbico. “Meu cliente e o colega dele nem sabiam que os dois homens que quiseram brigar com eles eram gays. Só souberam pela televisão. Meu cliente tem amigos gays, portanto a tese de que a briga foi motivada por homofobia é descabida. Meu cliente tem amigos gays, trabalha e estuda e nunca passou pela polícia antes”, disse o advogado Ferreira.
Os agressores estavam com roupas e tatuagens de surfistas. A investigação descartou a ação de grupos organizados de intolerância contra gays, como skinheads e neonazistas. Também não será pedida a prisão dos envolvidos à Justiça.
Fonte de pesquisa:G1.com
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