Chefe da polícia também declarou que não possui outros suspeitos.
Ataques em Oslo deixaram 92 mortos e 97 feridos; há desaparecidos.
A polícia norueguesa informou na manhã deste domingo (24) que o suspeito de ter cometido os ataques em Oslo disse em depoimento que atuou sozinho nos atentados. O chefe policial declarou ainda que não possui outros suspeitos no caso que chocou o país e o mundo dois dias antes.
"Ele admitiu a autoria tanto dos tiros quanto da bomba, apesar de não se declarar culpado de um crime", disse o chefe da polícia, Sveinung Sponheim, em coletiva de imprensa sobre o suspeito Anders Behring Breivik.
Sponheim declarou que o número de mortes confirmadas segue em 92, e há ainda 97 feridos e um número indeterminado de desaparecidos.
"Ele (o suspeito) diz que agiu sozinho, mas a polícia precisa verificar o que ele disse. Alguns relatos de testemunhas da ilha [onde ocorre o massacre a tiros] nos deixaram incertos sobre se havia um ou mais atiradores", completou o chefe da polícia.
Anders Behring Breivik, o homem suspeito de matar ao menos 92 pessoas em dois ataques na região de Oslo, capital da Noruega, disse que seus atos foram "atrozes, mas necessários", afirmou seu advogado no sábado (23) em entrevista à TV norueguesa.
"Ele disse que acreditava que suas ações foram atrozes, mas que, no seu entendimento, elas eram necessárias", disse Geir Lippestad à TV2.
Lippestad disse que seu cliente admitiu a culpa pela explosão que matou 7 e destruiu prédios na sede do governo norueguês e do tiroteio em acampamento de jovens do Partido Trabalhista que matou 85 em uma ilha perto da capital, ambos ocorridos na sexta-feira.
Segundo o advogado, as ações estavam sendo planejadas "havia muito tempo".
O advogado disse que seu cliente, que se entregou às autoridades após os ataques sem resistir, quer se explicar em uma audiência judicial marcada para esta segunda-feira (25).
O tribunal deve decidir se o suspeito vai continuar preso até ser levado a julgamento.
Breivik foi membro do Partido Progressista (FrP, da direita populista, contrária aos imigrantes) e de seu movimento jovem, além de ter participado de um fórum neonazista sueco na internet.
O FrP confirmou que Behring se filiou ao partido em 1999, mas saiu da lista de membros em 2006.
Ele também foi o responsável local do movimento juvenil do FrP entre 2002 e 2004.
A polícia definiu o suspeito como um "fundamentalista cristão" de direita, hostil ao islamismo.
De acordo com Mikel Ekman, investigador da Fundação Expo, com base em Estocolmo, que monitora grupos de extrema direita, Behring criou um perfil em 2009 sob um pseudônimo que pode ser rastreado para seu endereço de e-mail em um fórum neonazista sueco chamado Nordisk.
Fundado em 2007, o Nordisk conta com 22 mil membros na região.
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