Previsão de que os juros vão subir nesta quarta é do mercado financeiro.
Último presidente que assumiu e não elevou juros foi Gustavo Franco.
O novo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que assumiu o cargo no início deste ano, deve manter a tradição e subir a taxa básica de juros da economia brasileira, nesta quarta-feira (19), em sua primeira reunião no comando do Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado formado pelos diretores e presidente da instituição que fixa o nível da taxa Selic. O anúncio da taxa de juros será feito após as 18h.
A aposta de que os juros serão elevados hoje é dos economistas do mercado financeiro, que preveem um aumento dos atuais 10,75% ao ano para 11,25% ao ano. Até o fim de 2011, os analistas estimam mais duas elevações, o que levaria a taxa de juros para 12,25% ao ano. A percepção do mercado de que os juros vão subir hoje se consolidou após o BC informar, no fim do ano passado, que o aumento de sua previsão de inflação para este ano sugeriria um ajuste (para cima) na taxa de juros no curto prazo como forma de "ancorar as expectativas" do mercado.O último presidente do Banco Central que assumiu o cargo e não elevou a taxa de juros em seu primeiro Copom foi Gustavo Franco, em 1997. Naquele momento, a taxa ficou estável em cerca de 20% ao ano. Desde então, dois presidentes do BC que assumiram o comando da autoridade monetária subiram a taxa de juros em sua primeira reunião do Comitê.
Armínio Fraga entrou no BC em 4 de março de 1999, em um momento de crise, e subiu os juros de 25% para 45% ao ano. Henrique Meirelles, por sua vez, chegou à Presidência do BC no começo de 2003, e, em seu primeiro Copom, subiu os juros de 25% para 25,5% ao ano.
"Acho que o Banco Central está atrasado. Já deveria ter subido os juros antes. Então, acho que o fato de o Meirelles não ter subido [antes], pode significar isso aí [deixar para o Tombini elevar a taxa de juros]. Mas a gente nunca vai saber. Isso pode ser um sinal de que, de fato, o BC é independente. O Banco Central vai ter de subir os juros neste momento porque a conjuntura exige [inflação em alta]", avaliou Eduardo Faria, economista da Mauá Investimentos.
fonte de pesquisa: www.G1.com
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