terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Firjan avalia que 62% das empresas da região serrana foram afetadas com as chuvas

Prejuízo passa de R$ 153 milhões e tempo de recuperação é estimado em um mês


 Uma pesquisa do sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) com 278 empresas da região serrana do Estado do Rio de Janeiro mostra que 62,2% delas foram afetadas de alguma forma pelo temporal que devastou e causou centenas de mortes na última semana.

  O prejuízo do grupo pesquisado passa dos R$ 153 milhões, entre perdas de produção, matéria-prima e estoques de produtos acabados. O tempo médio estimado para que essas empresas possam retomar suas atividades é de um mês.

  A cidade mais atingida foi Nova Friburgo, onde quase 80% das empresas sofreram algum prejuízo. Em Teresópolis, foram 68,8%, e Petrópolis, a menos afetada, 30,7%.

  Entre as empresas afetadas em toda a região, 83,2% relataram falta de energia elétrica e problemas nas linhas telefônicas, que caíram em 73,4% dos casos. Além disso, 67,6% das empresas trabalharam com quadro funcional reduzido, 38,2% enfrentaram alagamentos no entorno da empresa, e 21,4% passaram por alagamentos em suas instalações.

  Entre as que sofreram perdas com os alagamentos, 70,3% tiveram seus estoques de matéria-prima afetados e 62,2% perderam produtos acabados.

  A ausência dos funcionários foi um dos grandes problemas. Nas 117 que foram afetadas, 92,3% registraram faltas na parte de produção, e 41,9% no setor administrativo. Em média, na produção, as ausências chegaram a 65,3% do quadro de funcionários. No setor administrativo, o índice chegou a 69,5%.

  A dificuldade para o retorno às atividades normais passa pelos problemas com a infraestrutura, tanto dentro como fora das empresas. De acordo com a pesquisa, 65,3% das empresas foram afetadas em sua capacidade de produção; 62,4% têm dificuldades no escoamento da produção; e 59,5% não conseguem receber matéria-prima adequadamente.

  Das 278 empresas que participaram da pesquisa, 129 são de Nova Friburgo, 88 de Petrópolis, 48 de Teresópolis, sete de Areal, cinco de Sumidouro e uma de São José do Vale do Rio Preto. São 272 indústrias de transformação e seis da construção civil. O grupo das microempresas é o mais representativo: foram 183, ou 65,8% da amostra.
 
 Tragédia das chuvas

 O forte temporal que atingiu o Estado do Rio de Janeiro dia 11 deixou centenas de mortos e milhares de sobreviventes desabrigados e desalojados, principalmente na região serrana.

  As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto foram as mais afetadas. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados. Equipes de resgate ainda enfrentam dificuldades para chegar a alguns locais.

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 Na sexta-feira (14), a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência às vítimas. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.

 Empresas públicas e privadas, além de ONGs (Organizações Não Governamentais) e voluntários, também estão ajudando e recebem doações.

  Os corpos identificados e liberados pelo IML (Instituto Médico Legal) são enterrados em covas improvisadas. Hospitais continuam com muitos feridos. Médicos apelam por doação de sangue e remédios.

  Os próximos dias prometem ser de muito trabalho e expectativa pelo resgate de mais sobreviventes e localização de corpos.

  Em visita à região de Itaipava, em Petrópolis, o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que ricos e pobres ocupavam irregularmente áreas de risco e que o ambiente foi prejudicado.

- Está provado que houve ocupação irregular, tanto de baixa quanto de alta renda. Está provado também que houve dano da natureza. Isso não tem a ver com pobre ou rico.

 fonte de pesquisa: ww.R7.com

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