Uma pesquisa do sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) com 278 empresas da região serrana do Estado do Rio de Janeiro mostra que 62,2% delas foram afetadas de alguma forma pelo temporal que devastou e causou centenas de mortes na última semana.
O prejuízo do grupo pesquisado passa dos R$ 153 milhões, entre perdas de produção, matéria-prima e estoques de produtos acabados. O tempo médio estimado para que essas empresas possam retomar suas atividades é de um mês.
A cidade mais atingida foi Nova Friburgo, onde quase 80% das empresas sofreram algum prejuízo. Em Teresópolis, foram 68,8%, e Petrópolis, a menos afetada, 30,7%.
Entre as empresas afetadas em toda a região, 83,2% relataram falta de energia elétrica e problemas nas linhas telefônicas, que caíram em 73,4% dos casos. Além disso, 67,6% das empresas trabalharam com quadro funcional reduzido, 38,2% enfrentaram alagamentos no entorno da empresa, e 21,4% passaram por alagamentos em suas instalações.
Entre as que sofreram perdas com os alagamentos, 70,3% tiveram seus estoques de matéria-prima afetados e 62,2% perderam produtos acabados.
A ausência dos funcionários foi um dos grandes problemas. Nas 117 que foram afetadas, 92,3% registraram faltas na parte de produção, e 41,9% no setor administrativo. Em média, na produção, as ausências chegaram a 65,3% do quadro de funcionários. No setor administrativo, o índice chegou a 69,5%.
A dificuldade para o retorno às atividades normais passa pelos problemas com a infraestrutura, tanto dentro como fora das empresas. De acordo com a pesquisa, 65,3% das empresas foram afetadas em sua capacidade de produção; 62,4% têm dificuldades no escoamento da produção; e 59,5% não conseguem receber matéria-prima adequadamente.
Das 278 empresas que participaram da pesquisa, 129 são de Nova Friburgo, 88 de Petrópolis, 48 de Teresópolis, sete de Areal, cinco de Sumidouro e uma de São José do Vale do Rio Preto. São 272 indústrias de transformação e seis da construção civil. O grupo das microempresas é o mais representativo: foram 183, ou 65,8% da amostra.
O forte temporal que atingiu o Estado do Rio de Janeiro dia 11 deixou centenas de mortos e milhares de sobreviventes desabrigados e desalojados, principalmente na região serrana.
As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto foram as mais afetadas. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados. Equipes de resgate ainda enfrentam dificuldades para chegar a alguns locais.
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Na sexta-feira (14), a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência às vítimas. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.
Empresas públicas e privadas, além de ONGs (Organizações Não Governamentais) e voluntários, também estão ajudando e recebem doações.
Os corpos identificados e liberados pelo IML (Instituto Médico Legal) são enterrados em covas improvisadas. Hospitais continuam com muitos feridos. Médicos apelam por doação de sangue e remédios.
Os próximos dias prometem ser de muito trabalho e expectativa pelo resgate de mais sobreviventes e localização de corpos.
Em visita à região de Itaipava, em Petrópolis, o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que ricos e pobres ocupavam irregularmente áreas de risco e que o ambiente foi prejudicado.
- Está provado que houve ocupação irregular, tanto de baixa quanto de alta renda. Está provado também que houve dano da natureza. Isso não tem a ver com pobre ou rico.
fonte de pesquisa: ww.R7.com
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