Seca e incendiários são os vilões das principais ocorrências.
Chefes de parques lutam pela conscientização contra o uso do fogo.
Quase a metade da área de dez unidades de conservação federais foi castigada por queimadas de agosto a setembro deste ano. Um levantamento do G1 revela que dos quase 3 milhões de hectares ocupados pelos dez parques (2.941,824 ha), mais de 1,3 milhão (1.373.542 ha) foi atingido, o equivalente a 46% da área. E todos os representantes das reservas nacionais ouvidos afirmam que as causas dos incêndios são intencionais.
Os dez parques são uma amostra do prejuízo causado pelos incêndios ao bioma brasileiro, sobretudo ao cerrado. A quantificação oficial da área queimada é um processo demorado e, às vezes, subjetivo, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. Segundo o coordenador geral de proteção ambiental do ICMBio, Paulo Carneiro, a estimativa total ainda vai demorar algumas semanas. “Estamos nesse processo, mas não estamos conseguindo acompanhar o ritmo dos incêndios”, afirma.
Algumas unidades das regiões Centro-Oeste e Sudeste, que registraram a maioria das ocorrências da temporada, só conseguiram extinguir o fogo depois que mais de 60% da área havia sido queimada. O caso mais grave foi do Parque Nacional das Emas, em Goiás, que é Patrimônio Mundial da Natureza e contabiliza 93% da área consumida pelo fogo. Outra fonte de preocupação para os ambientalistas foi o Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais, onde há espécies de animais em risco de extinção e os danos chegaram a 72% da unidade.
Os dez parques são uma amostra do prejuízo causado pelos incêndios ao bioma brasileiro, sobretudo ao cerrado. A quantificação oficial da área queimada é um processo demorado e, às vezes, subjetivo, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. Segundo o coordenador geral de proteção ambiental do ICMBio, Paulo Carneiro, a estimativa total ainda vai demorar algumas semanas. “Estamos nesse processo, mas não estamos conseguindo acompanhar o ritmo dos incêndios”, afirma.
Algumas unidades das regiões Centro-Oeste e Sudeste, que registraram a maioria das ocorrências da temporada, só conseguiram extinguir o fogo depois que mais de 60% da área havia sido queimada. O caso mais grave foi do Parque Nacional das Emas, em Goiás, que é Patrimônio Mundial da Natureza e contabiliza 93% da área consumida pelo fogo. Outra fonte de preocupação para os ambientalistas foi o Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais, onde há espécies de animais em risco de extinção e os danos chegaram a 72% da unidade.
O chefe do parque, Darlan Alcântara de Pádua, ressalta que não é possível quantificar as perdas da fauna e flora. “A perturbação do ecossistema é imediata, mas o impacto é mais complexo e aparece lá na frente. Uma boa parte do que se morre no incêndio é transformado em cinzas, um exemplo são os ninhos de pássaros. E muitos bichos que escapam do incêndio morrem depois, por ferimentos, stress ou fome”, lamenta.
Outra unidade severamente afetada foi a Área de Proteção Ambiental Meandros do Rio Araguaia, na divisa de Goiás com Mato Grosso e Tocantins, que estima prejuízos em 71% da região. O chefe do parque, José Vanderlei Cambuim, relata que a ocorrência de vários focos simultâneos deixou animais encurralados. “Os brigadistas encontraram um bando de 40 queixadas mortos. Vimos capivaras mortas e até uma paca, que é um animal bem esperto e ágil”, disse.
Nos demais parques, animais de maior porte conseguiram escapar para regiões que não queimaram, onde havia água ou mata fechada. Répteis e anfíbios, porém, foram bastante afetados.
Outra unidade severamente afetada foi a Área de Proteção Ambiental Meandros do Rio Araguaia, na divisa de Goiás com Mato Grosso e Tocantins, que estima prejuízos em 71% da região. O chefe do parque, José Vanderlei Cambuim, relata que a ocorrência de vários focos simultâneos deixou animais encurralados. “Os brigadistas encontraram um bando de 40 queixadas mortos. Vimos capivaras mortas e até uma paca, que é um animal bem esperto e ágil”, disse.
Nos demais parques, animais de maior porte conseguiram escapar para regiões que não queimaram, onde havia água ou mata fechada. Répteis e anfíbios, porém, foram bastante afetados.
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