terça-feira, 16 de outubro de 2012

Universidades federais reservarão metade das vagas para alunos de escolas públicas


Até 2016, todas as universidades federais terão que aderir ao programa. Ministério da Educação criará programa de capacitação para os cotistas.



O governo quer ajudar os estudantes que forem beneficiados pelas cotas nas universidades federais. Com a publicação da Lei das Cotas, nesta segunda-feira (15), o sistema já começa a valer para os próximos vestibulares.

A Universidade de Brasília (UnB) foi uma das primeiras a decidir: o novo sistema já vai valer no vestibular 2013, com a cota mínima de 12,5%. A implementação vai ser gradativa, até chegar a 50%.
Até 2016, todas as universidades federais vão ter que reservar metade das vagas para candidatos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas. Desse total, metade para alunos com renda familiar mensal de até um salário mínimo e meio por pessoa. A outra metade, para alunos com renda familiar acima disso.
Cada um desses dois grupos terá um percentual de vagas para negros e índios, proporcional às populações de cada estado, conforme o IBGE. A lei vale por dez anos.
Para sanar possíveis deficiências dos alunos que fizeram o ensino médio em escolas públicas, o Ministério da Educação vai criar uma espécie de programa de capacitação para os cotistas. O programa vai funcionar nas universidades federais a partir do ano que vem.
“Nós teremos que tomar medidas nas universidades, esses alunos vão ter que ter uma tutoria, muito gente vai ter que ter cursos especiais para eles poderem melhorar o desempenho e garantir não só que eles entrem, mas que eles se formem junto com os demais estudantes, então eles vão ter que estudar muito, mas eles têm uma oportunidade”, diz o ministro da Educação, Aloísio Mercadante.
Para o professor da área de gestão e Políticas Públicas (UnB), Remi Castioni, estímulo nos primeiros anos é fundamental. “O acompanhamento desses alunos é de extrema importância. Diferenças existem entre um aluno da escola pública e um aluno da escola privada, mas são diferenças que podem ser superadas com apoio, com estímulo, com orientação a esses alunos”.
Fonte: www.g1.com

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